Protagonismo Feminino no Cenário Artesanal

Como e porquê os Saberes Manuais estão sendo mais trabalhados pelas mulheres. Segundo o Sebrae, 77% dos artesãos são mulheres. E, muitas vezes, são elas as responsáveis por manter a tradição de uma comunidade, de passar adiante o conhecimento, de transmitir os valores culturais.

Paricipantes

Simone Toji

Mestranda em Educação pela USP, há 15 anos vem atuando como Educadora na área da educação popular. Nos últimos 10 anos vem realizando através do Instituto Capiá uma série de ações educativas com as comunidades tradicionais de Ubatuba que objetivam o fortalecimento e valorização de seus saberes e fazeres, incluindo o artesanato tradicional. É artesã e costura acessórios para as manifestações culturais populares, ofício que aprendeu com sua mãe.

Mario Gato

É designer, mestre e doutora em Ciências Sociais. Professora adjunta da Universidade Federal do Maranhão, onde integra o Programa de Pós-Graduação em Design. Coordena o NIDA – Núcleo de pesquisas em inovação, design e antropologia (CNPq), onde desenvolve pesquisa nas áreas de design participativo, relação design-materiais-artesanato, design anthropology, design e questões de gênero, buscando a autonomia de grupos produtivos e a decolonização do design.

Camila Marujo

Atual gestora da SUTACO – Subsecretaria do Trabalho Artesanal nas Comunidades – e coordenadora do PAB – Programa do Artesanato Brasileiro – no âmbito do Estado de São Paulo.

Arquiteta, especialista em Museologia, Colecionismo e Curadoria de Arte, com foco em Gestão Cultural, Gestão Pública e manutenção da memória, patrimônio material e imaterial.

Instituições Parceiras desta mesa

O Instituto Capiá é uma organização de caráter educativo, cultural, social e ambiental que tem como propósito realizar ações educativas de valorização e estímulo à continuidade dos saberes e fazeres dos povos tradicionais e promover a troca entre mestres e mestras da sabedoria popular e a atual geração.

O nome dado ao Instituto não é por acaso, o Capiá (Coix lacryma-jobi), também conhecido como “lágrima de nossa senhora”, “capim de contas”, “contas de lágrimas”, entre outros, é uma planta cuja semente é utilizada na produção artesanal de vários povos, apresenta uma diversidade de uso com valor simbólico-espiritual, além de usada para fins utilitários e decorativos.

Acreditamos que cuidar das “sementes” é fundamental ao processo natural de continuidade da vida, assim como valorizar os saberes e fazeres tradicionais e a trocabintergeracional é estimular a sua continuidade.

A MAterioteca é uma plataforma virtual para divulgar as práticas artesanais do estado do Maranhão e seus respectivos produtores – homens e mulheres que dominam saberes e fazeres tradicionais e que são ligados aos seus territórios. Materiais, produtos, processos e os praticantes habilidosos estão apresentados nesse site, para que sejam conhecidos e reconhecidos. A proposta é dar acesso e visibilidade, para que tais produtos artesanais possam circular, gerando renda à estes grupos. A MAterioteca também é fonte de pesquisa sobre o tema Artesanato no Maranhão disponibilizando pesquisas realizadas pelo NIDA (Núcleo de Pesquisas em Inovação, Design e Antropologia) desde 2009, além de outros pesquisadores que nos são referências.

Sutaco- Subsecretaria do Trabalho Artesanal nas Comunidades, tem como missão viabilizar, preservar, incrementar e promover o Artesanato Paulista contribuindo para o desenvolvimento local de modo economicamente viável, socialmente justo e ambientalmente responsável.