Casanga/ Taquaral

Casanga/ Taquaral

Sertão de Itamambuca e Casanga

Distante 14 km ao norte do Centro de Ubatuba, a Praia de Itamambuca tem acesso por dentro de um condomínio com entrada a partir do km 36 da BR-101. A Rota do Artesanato tem seu início no km 36,5 no sentido sertão e término no Km 43 da BR – 101, no trevo do Perequê-Açu. É um caminho alternativo que liga estas duas praias. Logo no início, encontra-se a Ita Rustic, loja de artesanato com alguns artefatos que podem ser encontrados no decorrer do circuito. A estrada, em sua maior parte, é de terra, com trechos que, em dias de chuva, são mais complicados de percorrer.

Um pouco de História

Os “artesãos da Casanga” estão no sertão de Itamambuca há mais de 50 anos, quando ainda se vivia exclusivamente da atividade agrícola de subsistência. É uma comunidade que enfrenta diversas dificuldades, desde o clima, que por vezes não favorece o recolhimento de material, até as Leis de Preservação do Meio Ambiente, que proíbem a retirada de produtos da Mata Atlântica, matéria prima para a confecção de artesanato. Atualmente, a maioria dos moradores deste sertão foi absorvida pelo mercado de trabalho gerado pelo condomínio Itamambuca e na rede de estabelecimentos hoteleiros da região. Das atividades tradicionais realizadas pelos habitantes, o artesanato desponta como a mais praticada sendo fonte de renda para vários deles.

O artesanato em madeira é o que mais se destaca, e é na Casanga, bairro vizinho à Itamambuca, que se concentra o maior número desses profissionais, que têm por ofício manter a tradição e a arte, transmitindo o conhecimento entre gerações.

Taquaral

Estrada principal Maria Madalena Charleuax, BR 101, Rodovia Rio Santos. Km 43,5 antes rotatória do Perequê.

O bairro esconde recantos para aqueles que nele adentram. Um fator que chama atenção é sua hidrografia, que conta com cinco rios e riachos: rio do Espedião, rio da rua dos Moreiras, rio da Fazenda Capricórnio, rio “da fazenda do Paulo” e Rio Indaiá. Andando cerca de 2 km para seu interior, é possível encontrar poços e corredeiras de águas cristalinas propícias para um banho refrescante.

O nome da rua principal é homenagem a uma das primeiras moradoras do bairro, uma francesa conhecida como Maria Chandô. De acordo com Joanilson dos Santos, 49 anos, nascido no bairro, nas décadas de 60, 70 viviam no local cerca de 5 famílias, que tinham como principal fonte de renda o trabalho fruto das lavouras de mandioca, cacau , pepino, berinjela e pimentão onde hoje encontra-se o CDHU.

Neste bairro não há um número significativo de artesãos, mas há grandes representante da categoria. Seo Neco, fomentador da cultura local. É mestre no grupo de fandango e exímio e criativo artesão e, também, Toninho Suré, que é macheteiro e produtor de cachaça de alambique.